Café Buenos Aires
Para chegar ao Café Buenos Aires existe de hard way e the easy way.
A forma mais exigente fisicamente (aka hard way) de chegar a este restaurante é, como não podia deixar de ser, a mais colorida. Uma vez que envolve subir as resmas de degraus que constituem as escadinhas do Duque (na verdade calçada) como também cumprimentar os vários senhores com uma ementa aberta, a tentar aliciar-nos a entrar no restaurante a que pertencem (qual Portas de Santo Antão ou a extinta Feira Popular), e contornar verdadeiros palanques periclitantes onde sentar para comer parece ser mais um desporto radical (queda livre comes to mind) que um pacífico momento de lazer. A forma mais fácil (para gente cansada ou mulheres com sapatinho catita), consiste em descer a calçada do Carmo até chegar à rua do Duque e depois fazer esta última até ao fim, o restaurante fica na esquina.
A forma mais exigente fisicamente (aka hard way) de chegar a este restaurante é, como não podia deixar de ser, a mais colorida. Uma vez que envolve subir as resmas de degraus que constituem as escadinhas do Duque (na verdade calçada) como também cumprimentar os vários senhores com uma ementa aberta, a tentar aliciar-nos a entrar no restaurante a que pertencem (qual Portas de Santo Antão ou a extinta Feira Popular), e contornar verdadeiros palanques periclitantes onde sentar para comer parece ser mais um desporto radical (queda livre comes to mind) que um pacífico momento de lazer. A forma mais fácil (para gente cansada ou mulheres com sapatinho catita), consiste em descer a calçada do Carmo até chegar à rua do Duque e depois fazer esta última até ao fim, o restaurante fica na esquina.

Uma vez chegando à porta do Café Buenos Aires percebe-se de imediato que o nome escolhido não poderia ter sido melhor. O interior do restaurante emana inegavelmente um calor sul americano, quer através da cor das paredes, das fotos, posters e outros artigos pendurados, quer através do mobiliário de madeira (algum com formas bem engraçadas).
A sala em si promove calor, mais concretamente calor humano (e julgo que em dias de Verão deverá ter um ambiente verdadeiramente caliente) pois as mesas encontram-se encavalitadas umas nas outras, fazendo com que uma simples ida à casa de banho envolva todo um número de gincana digna de um episódio dos Jogos sem Fronteiras (ou para os mais novos, um Salve-se Quem Puder ou TGV). Mesas a mais ou espaço a menos, you choose.
E quem ficar nas mesas junto ao corredor de passagem, sentirá sempre um certo vento provocado pela deslocação dos empregados, mas há que encarar estes pormenores com a descontracção que o ambiente pede e usufruir do mais importante, a comida.
A comida envolve todo um mundo de interacção com quem nos atende, uma vez que só os nomes dos ingredientes que compõem os pratos não chega para se perceber o resultado final. A proximidade entre as mesas (e da cozinha) também ajuda na escolha do prato principal pois dá para vermos o que outros estão a comer, e saber se nos parece bem, ou dá para apontar desenvergonhadamente para o prato alheio e dizer a quem nos atende "o que é aquilo?" ou "quero um igual" :-)
Nesta primeira visita, escolhemos um prato que não era difícil de perceber (1/2 bife argentino) e outro algo diferente (milaneza de mozarela - rectângulos de mozarela panados) que vimos na mesa ao nosso lado e nos pareceu muito bem. E se bem pareceu melhor o soube!! A mozarela estava óptima e o bife fantástico (1/2 bife argentino faz um bife normal português por isso atrevam-se a pedir um bife inteiro apenas se tiverem mesmo muita fome...). As batatas fritas e as saladas que acompanharam estavam igualmente muito boas.
Para uma próxima visita, ficam sem dúvida as saladas e as entradas pois pareceram muuuuuuuuuuuito promissoras mas a carteira e o estômago não dão para tudo.
A sobremesa...............bem não sei como explicar..... não sei se conhecem um conceito gastronómico muito tuga chamado "roupa velha"? Não? Então perguntem aos vossos pais ou avós pois devem saber. A sobremesa era uma amálgama de várias sobremesas (bolo de chocolate, gelado, suspiros partidos, frutos vermelhos, chantilly) tendo como resultado um verdadeiro vulcão calórico e maravilhosamente delicioso (então se o gelado não tivesse já um bocadinho de gelo, teria sido perfeito) que dá para duas pessoas muito glutonas ou três pessoas "normais".
A conta não foi nada de arrepiar cabelo, cerca de 18€ pp, que para a quantidade e qualidade de comida ingerida pareceu-me mais que justo.
Para o fim deixo um conselho (caso não tenham ainda percebido pela descrição inicial): a reserva de mesa é mesmo obrigatória, não é eufemismo. E já agora, o restaurante não tem multibanco por isso é melhor precaverem-se de notinhas pois a polícia é já ali ao lado :-)
La QUEIXA........o atendimento não é brilhante, parecendo não conseguir dar conta do movimento do restaurante (a sala é pequena mas existe uma esplanada em frente, que pertence ao restaurante - sinceramente metade da experiência do restaurante é a sala e o seu ambiente latino, na esplanada é apenas mais um igual a tantos outros). Mas o pior do atendimento foi levarem o dinheiro para pagar a conta e assumirem que o dinheiro que sobrava era gorjeta!!!! Não se faz. É suposto trazerem o troco (nem que seja 5 cêntimos) e somos nós que optamos deixar (ou não) gorjeta. Espero que tenha sido apenas uma distracção. O resultado foi terem que trazer o troco e não ficarem nem com 1 cêntimo de groja.
Localização
Calçada Escadinhas do Duque 31 B
1200-155 Lisboa
Distrito: Lisboa
Tlf: 213420739
Encerramento: Domingos
Horário: 2a a Sáb. das 18h00 à 01h00
Comentários
O vulcão desta vez não estava tão imponente mas o gelado não tinha gelo (não se pode ter tudo).
Fui ao café Buenos Aires e adorei, o ambiente, a comida, de facto 1/2 bife é suficiente para uma pessoa.
Aconselho o bolo de chocolate, é optimo, parece uma tarte com mousse densa no seu interior, acompanhado com uma porção de caramelo...muito bom!
O atendimento é algo lento, mas ninguém deve ir para lá com pressa, deve sim absorver o ambiente.
Obrigada pela recomendação.