Café Malaca, Cais do Sodré


Como se está a tornar tradição (ou será maldição?), os nossos almoços de Páscoa são algo atribulados. Se desta vez todos os pratos que constavam na ementa estavam disponíveis, por outro lado mantivemos o considerável atraso na chegada ao restaurante e o nosso entendimento com o atendimento não foi do melhor. O café Malaca fica no piso superior do barracão (não, não me enganei) pertencente ao Clube Naval de Lisboa, no Cais do Sodré.

O que posso dizer sobre o ambiente do Café Malaca.... estranho, diferente, com um ar de sótão que alguém decidiu transformar em restaurante (onde não faltam os barrotes à mão de semear, ou melhor dizendo, à cabeça de semear :-), utilizando objectos que recolheu de viagens por terras longínquas (ou mesmo aqui ao lado, em Alfragide, na Ikealand). O Tejo desta vez está à vista mas é necessário ir até à única janela do restaurante para o ver, sentados nas cadeiras apenas vislumbramos o céu (que miraculosamente estava azul apenas com alguns farrapos de nuvens).

A ementa do restaurante está exposta num quadro de ardósia que se encontra à entrada. Têm que ouvir atentamente quem vos atende para perceberem o que consiste cada um dos pratos de forma a poderem fazer uma decisão informada. Não é tarefa fácil, muita informação e pressão para fazer uma escolha. Nada como uma ementa para cada um (ou até uma para todos, que não nos importamos de partilhar), com uma breve descrição dos ingredientes, para tornar a escolha mais fácil ou, pelo menos,  para não termos alguém a pressionar-nos para escolher. Infelizmente os donos do restaurante não partilham esta opinião.

Para entrada experimentámos crepes Vietnam, o que se revelou uma escolha algo decepcionante. Não que estivesse mal confeccionado mas parecia que estávamos a comer salada embrulhada em papel de óstia com camarões lá pelo meio.

Em termos de pratos principais ficámo-nos pelo Caril Verde, Caril Porta do Dragão e o Rendang. Das informações recolhidas até ao fecho desta edição, todos gostaram do prato que comeram (eu que andei a provar de todos, concordo com este assessment :-), indicando que estavam muito bons. As sobremesas, bem foram algo diferentes to say the least :-) Fuku (bolinhas de gelado de diferentes sabores embrulhados em papel, desculpem em massa de arroz), gelado de queijo com castanhas (sabor estranho, em que as castanhas estavam um pouco perdidas) e bolo de chocolate com gelado (comido e imediatamente esquecido, não deixa memórias, nem boas nem más).

Depois dos cafés, veio a dolorosa... 22€ pp, que em proporção ao que foi comido foi um bocadinho over the top. Admito que fui o principal impulsionador para irmos ao Café Malaca. Não sei porquê fiquei com curiosidade em conhecer depois de tudo o que tinha lido sobre ele. Não correspondeu às expectativas mas não deixou de ser uma experiência interessante, onde a comida era boa e o ambiente diferente. O atendimento deixou um bocadinho a desejar, tendo-se gerado uma certa incompatibilidade entre nós e quem nos atendeu.

Localização
Entrar no barracão que diz Clube Naval de Lisboa, subir as escadas íngremes que se encontram à vossa esquerda e chegam ao sótão :-)
Cais do Gás Armazém H 1º Clube Naval Lisboa, 1200-109 Lisboa
Telef. 213477082
Encerramento: Segundas (Almoços)
Horário: 12:30 às 15:00 e das 19:30 às 23:30
_________________________

Joana, come a p
apa acrescenta:

É verdade! ... a acessibilidade é fraca, muito fraca! nem pensem em levar pessoas de mobilidade reduzida (do tipo crianças em carrinhos, ou alguém com uma perna partida...pode ser dramático!). Juro que estive mesmo para levar a minh
a nova companhia...mas felizmente uma avó caridosa intercedeu e não tive de correr risco de vida a subir ou descer as escadas com um "ovo às costas"!
Relativamente à comida, realço o prato principal que estava muito bom (Caril Verde). No resto, faço minhas as palavras do Sebastião. O preço é realmente um "pouquinho" além do merecido.

Comentários

Mensagens populares deste blogue

Restaurante das Marés, Altura

Casa do Preto, Sintra

Tasca do Sr. Domingos, Aldeia do Meco