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A mostrar mensagens de julho, 2014

L'Éclair, Av. Novas

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  Passeava distraidamente pela Duque d´Ávila quando reparo que abriu algo novo num espaço à muito abandonado  (na verdade, não tenho recordação de alguma vez ter visto algo a funcionar neste espaço), num edifício perto da intersecção com a 5 de Outubro. Quando se é distraído como eu, é compreensível não dar conta de alguns pormenores assim logo à primeira. Neste caso, não dei logo conta do nome do espaço. Este facto fez com navegasse um pouco na maionese e pensasse que, em vez de éclair 's, vendessem relógios ou outros acessórios caros. Mas vá, o facto de os homens que atendiam estarem de fato, as senhoras a serem atendidas terem todas um cabelo armado e ar de old money , a montra não permitir, a quem passa, ver o que lá está exposto e a decoração do espaço ser tão elegantemente minimalista, contribuíram muito para esta minha especulação. Com mais algumas passagens pela rua, descobri então como estava enganado em relação ao que vendem. E aí o meu interesse pa

Guacamole, Lisboa

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Guacamole surgiu de repente na minha vida e marcou-me profundamente.... bem, pronto também não foi assim tão transcendental, nem life changing , nem ficámos amigos para sempre (cala-te Carrera, cala-te Sarah ). Digamos então que gostei o suficiente para querer escrever um post. Quando o conheci, Guacamole vivia no Atrium Saldanha, escondido a um canto, ao qual fui parar depois de torcer o nariz a todas as outras opções existentes no food court do Atrium. Pareceu-me bem, sentia-me aventureiro e não havia fila... como recusar esta dádiva do destino? a partir daí voltei lá mais algumas vezes até que.... fechou. E qual não foi a minha surpresa quando o volto a reencontrar no Colombo!? É verdade que abriu num recanto do Colombo com elevada rotatividade de estabelecimentos ( Magnolia, i miss you ) mas vamos pensar que o Guacamole vai quebrar o enguiço ( Yes, you can! ). O espaço no colombo está disposto de forma a ser prático mas com bom gosto. A decoração, para restaurante

Café da Garagem, Costa do Castelo

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o Café da Garagem tem todos os predicados de um tesouro escondido, enterrado junto às muralhas de um castelo, onde só com mapa se consegue chegar, após uma longa demanda pelas intrincadas ruas de uma cidade velha, onde os perigos espreitam em todos os recantos. no fim, não existe um tesouro em ouro e pedras preciosas ou uma princesa à espera de um beijo para se libertar de uma qualquer maldição, mas sim um tesouro imaterial (que eventualmente pode levar a um beijo de uma princesa) de beleza única que nos faz amar mais um bocadinho esta cidade que chamamos nossa, a nossa Lisboa o Café da Garagem é uma varanda para Lisboa, para as suas colinas, telhados, casas, igrejas, árvores, formigas a quem chamamos pessoas. de dia ou de noite, esta varanda permite olhar para uma Lisboa imóvel, bela, iluminada pelo sol, pela lua, pelos candeeiros de rua, pelas janelas habitadas de luz e humanidade, enquanto sentados atrás de uma janela que nos fragmenta a paisagem sem a quebrar ve

Desatino, Chiado

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só quando escrevia o título é que me dei conta da ironia Neste dia a capacidade de decisão estava algures entre o Castelo Branco ["Não sei se pense, não sei se diga, não sei se fale"] e o António Variações ["Porque eu só quero ir / Aonde eu não vou"], não se sabendo muito bem o que é se queria comer (torcendo o nariz a cada ideia) ou só querendo ir jantar a sítios que ficavam demasiado longe para serem viáveis. Portanto, um desatino. Depois de algumas voltas pelo eixo Baixa/Chiado (e o tempo a passar.... e o espectáculo quase a começar... e a fome a apertar...), o acaso (e a exasperação) levou-nos até à porta do Desatino. Ainda foi necessário alguma luta para conseguir sair do "não sei..." mas a situação conspirou para que ganhasse o entrar. No entanto, enquanto a luta de desenrolava (mesmo à porta do restaurante), comecei a ter a sensação que o espaço ocupado pelo Desatino me devia dizer alguma coisa mas só quando entrei (e a arquitectur

La Crêperie da Ribeira, Lisboa

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Para aproveitar as férias "grandes" decidimos levar as crianças à cidade! Pois que não sei o que se passa com as demais crianças, mas para as minhas este tipo de passeios acarretam sempre várias emoções: as primeiras muito positivas, tais como, andar de transportes públicos (desta vez foi o comboio a novidade), ir aos museus e monumentos, andar na cidade no meio dos turistas (o meu filho assim que desembarcou no Rossio perguntou que língua se falava ali... sinal positivo para a economia, mas não deixa de ser um pouco estranho! Ou então, somos nós como pais a falhar redondamente!); as segundas emoções, já não são assim tão positivas... o cansaço, as dores "horríveis" nos pés, o querer parar sempre, o querer estar sempre a beber água, etc, etc!  Já a prever este cenário estava pensada uma paragem prolongada no novo Mercado da Ribeira para repôr energias e eventualmente degustar um gelado no Santini. Mas como fizémos uma visita pelo caminho onde nos foi dito qu

O Prego da Peixaria, Bairro Alto

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Rua acima, rua abaixo. Rua só para bus. Rua em contra-mão. Ruas que obrigam a seguir em frente, quando o que se quer é virar à esquerda. Semáforos no vermelho quando só se pedia que estivessem laranja. Condutores que acreditam nas minhas capacidades de adivinhação. Irra, que dia de condução dantesco! Felizmente tudo o que não envolveu condução, desde encontrar um lugar de estacionamento mesmo à entrada do jardim do Torel até à excelente refeição n'O Prego da Peixaria, correu lindamente. Depois de ter estacionado o carro, e suspirado de alívio, lá nos dirigimos para o Prego. Naturalmente que, imbuído do pessimismo que me assiste, esperava chegar à Peixaria e ver aflorar um sorriso (de pena, pela nossa ingenuidade... "Coitadinhos, com esta idade, ainda acreditam no Pai Natal") na cara de quem nos atendesse, quando disséssemos "mesa para dois sem reserva". Estranhamente, em vez de um sorriso maquiavélico (algo no espírito de Sunset Boulevard ), quem n

Entre nós, Entrecampos

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Estávamos nós, a menos de duas horas e meia do início dum evento no Small Field , que é como quem diz, um espetáculo no Campo Pequeno, e ainda se trocavam mensagens do género “Olá! Como fazemos hoje?”, “Olá. Não sei. Queres jantar?”, “Sim, mas vê lá o que te dá jeito” e por aí fora, como se o refrão "time is on my side" tivesse sido escrito a pensar em nós. Muita da nossa descontração se devia ao facto de sabermos que, se tudo o mais falhasse, teríamos o food court   do Campo Pequeno ou de um dos três Saldanhas com dois braços abertos à nossa espera, não se garantindo, no entanto, um cacho de uvas doiradas nem cheirinho a alecrim. [food court = termo que recentemente ouvi a ser aplicado a uma qualquer zona das comidas de um qualquer centro comercial, e pensei - cá está uma forma de elevar o estatuto de algo, dizê-lo em inglês! Já lá dizia a Manela, coitadinha, com os seus problemas de expressão que "a língua inglesa fica sempre bem"] Mas sigamos, então