Casa do Preto, Sintra




 

Claramente, o espermatozóide que tinha os genes que codificavam o poder de síntese tirou férias no dia da sorte grande. Devia estar com gripe ou, melhor ainda, com Zika. Mas até eu tenho alguma dificuldade em desfiar um rol muito extenso sobre a Casa do Preto, por isso um short post, for a change.

É um café, ponto. Não tem nenhum preto vestido como se fosse um pupilo do exército, pelo menos que eu visse. Criou fama com as queijadas e travesseiros e consegue manter essa mesma fama, é um verdadeiro rodopio de gente a entrar para comprar e levar, pois de outra forma não haveria razão para pantilhões de gente parar no meio de lado nenhum.

O atendimento é funcional e o espaço tem ar de café/pastelaria tipicamente portuguesa, como se quer de uma casa que vende tradição. Tem duas mais valias: uma boa esplanada e um bom parque de estacionamento.

Mas, e vale a pena parar? Claro que sim, o que é doce nunca amargou. Vale a pena parar mais vezes? Hummmm... para mim não, não vejo a mais valia. Talvez para quem seja da terra, aproveitar a esplanada poderá valer a pena.




As queijadas são boas? São, sim senhora. Quando as queijadas chegaram à mesa, fiquei então a perceber porque dizem que é impossível comer só uma. Pudera, são tão pequenas que é preciso ter cuidado para não trincar os dedos quando se lhes tenta dar uma dentada. Eu comeria um pacote de queijadas num piscar de olhos.

E os travesseiros? Também são bons. Melhores que os da Piriquita? Nem melhores nem piores, igualmente bons, igualmente doces, igualmente turisticalizados.


 
 
Gostei de fazer esta visita, para matar a curiosidade. Agora que a matei, posso fazer o enterro e seguir com a vida. Com isto não quer dizer que me faça rogado a uma queijadinha, simplesmente não fiquei assim tão deslumbrado.


Mas vão e experimentem, cada cabeça sua sentença.






Estrada Chão de Meninos 40, 2710-194 Sintra
2ª a 6ª - 7h às 20h |  Fds - 8h às 21h











Comentários

Vagueando disse…
Opiniões como refere no sua publicação, cada cabeça sua sentença. Sobre os doces, pois não gosto.
Sobre o "parar no meio de lado nenhum" é que não é nada, porque o meio do lado nenhum é que não faz sentido porque a terra tem nome, Chão de Meninos.
O porquê é que me intrigou por isso resolvi divargar sobre a Casa do Preto e Chão de Meninos.
Se cheguei a algum lado ou se fiquei no meio de lado nenhum não sei.
Contudo, deixo-lhe a história.

https://classeaparte.blogs.sapo.pt/divagacoes-historias-e-estorias-sobre-10090?tc=40789003637

Cumprimentos.
Maria Ferreira disse…
As queijadas são boas, mas o nome é racista, deviam mudar com o respeito a todos aqueles que passaram por escravidão.
Vagueando disse…
Sinceramente esta coisa de querer apagar o racismo banindo nomes parece-me a pior forma de o fazer. Hoje também há escravidão ainda que não se lhe chame assim. A Casa do Preto vem de uma época que não tem correspondência com a realidade actual e a manutenção do nome e do logotipo não me parece ofensivo. Existe outra casa do Preto no Gerês a qual tenho interesse em visitar e perceber a razão porque lhe foi atribuido aquele nome, a qual não tem nenhum logotipo com uma figura evocativa da escravidão.
Anónimo disse…
Qual é o problema do nome? Não entendo, será que não existem pessoas pretas como há brancas e outras? Já agora o nome deriva não do escravo mas do empregado que fazia a entrega dos produtos produzidos, mas como hoje em dia tudo é um par de botas é incorreto vão mas é passear ou,*** !

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