Castella do Paulo, Baixa

     




Ora aqui está um local que realmente ou se gosta de paixão ou então.... não. Podem argumentar que esta frase é aplicável a qualquer local gastronómico a que já fomos e aqui partilhámos mas, não sei explicar porquê, nesta ocasião parece-me fazer mais sentido. Pelo menos foi essa conclusão a que cheguei depois de ter ido conhecer este local tão falado e ter ficado sensivelmente desiludido. Como por vezes digo, nada especialmente contra mas também nada a favor.

O Castella do Paulo fica na Rua da Alfândega (muito perto do Café do Rio, Terreiro do Paço e Campo das Cebolas), ocupando um espaço que apesar de pequeno está bem aproveitado e decorado, apresentando uma mistura entre o típico português (com as suas paredes com azulejos com aspecto antigo até meio da parede) e influências asiáticas (desde as toalhas ao serviço de chá).

Parece que o actor principal desta companhia teatral é o Pão de Castella. Como não morro de amores por pão-de-ló, e o ex-libris desta casa de chá não é mais do que pão-de-ló doce com diferentes sabores (chá verde, chocolate ou simples), não fiquei fã do Castella. Mas, se pelo contrário forem apreciadores deste tipo de bolo, possivelmente vão ficar fãs :-) Experimentámos também o Máchá Meronpann (brioche de chá verde) que tinha um sabor a chá verde muito intrigante mas melhor que o Castella. O chá verde propriamente dito, bem... se eu disser demasiado verde julgo estar a ser justo, parecia que alguém tinha cortado a relva do jardim, a tinha colocado dentro do bule com água a ferver e servido como chá (pior sabia mesmo a isso!).



Aconselho a experimentarem (sim, é verdade apesar do tom depreciativo que podem detectar no que foi escrito) pois parece-me que paladar diferente do meu podem vir a apreciar o local. Há! tentem ir antes das 18h pois as opções de escolha vão-se reduzindo (o que é compreensível, eu sei) e não se assustem se muitos produtos têm um aspecto esverdeado (efeitos secundários do uso de chá verde).

Curiosidade... sabem aqueles sensores que existem em várias lojas e que apitam quando alguém entra ou sai? Bem, imaginem isso mas em vez de um apito ouvem Boa tarde! Adeus!, over and over again sempre no mesmo tom de voz monocórdico e mecanizado. E se por momentos poderia pensar que era um sensor que o fazia, pela rapidez e constância no tom, redondamente enganado, era mesmo a senhora que atendia que emitia tal som. Eu sei que ela o fazia por educação e simpatia mas saí do Castella com a ladaínha na cabeça :-)....Boa Tarde! Adeus!Boa Tarde! Adeus!

Localização
Rua da Alfândega 120 | 1100-116 Lisboa
Telf: 218 880 019
Horário: 2ª a 6ª das 07h30 às 19h30 | Sábado das 12h00 horas às 19h30

Comentários

sininho disse…
ah,ah! O sebastião deu-me razão! O que é quase tão raro como a passagem do cometa halley pelo sistema solar (a cada 76 anos). Há muito que tinha ido ao Castella e não fiquei propriamente fã, por isso recusei sempre novas visitas.
Sebastião disse…
hummmm, devo estar confundido com a outra sininho que conheço, pois lembro-me de uma sininho dizer à relativamente pouco tempo que queria voltar para comer os hamburgueres doces. mas devo estar confundido :-)

Mas sim estou de acordo com a sininho que o Castella não é algo que me fascine. Portanto só daqui a 76 anos este evento voltará a acontecer.
Anónimo disse…
Tenho que concordar plenamente, ha umas semanas tambem fui atras da minha curiosidade de novidade e o chá é horrivel (houve quem ficasse pelo primeiro contacto) em relação ao pão de ló safa-se o simples e o de chocolate mas nada de especial....as restantes "guloseimas" não tive a oportunidade de degustar visto que já não havia nenhuma!!!!Da minha "rotinha" de experiências de chá em Lisboa continuo fã do Ò cha em Alvalade e do Emporio do chá na Av. de Paris...na minha opinião até agora os melhores, mas aguardo novas sugestões da vossa parte, que desde já agradeço.
Cmps

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